“Claro que a primeira recepção de Freud na América não foi promissora. Alguns alienistas profissionais compreendiam sua importância, mas para o público em geral não passava de uma espécie de sexólogo alemão, um expoente do amor livre, que usava grandes palavras para falar de coisas sujas. Uma década pelo menos transcorreria antes que Freud se vingasse, vendo suas ideias começarem a destruir para sempre o sexo na América.” – pág 44

“Não conseguira habituar-se à alimentação e à escassez de banheiros públicos na América e acreditava que a viagem arruinara seu estômago e sua bexiga. Toda a população parecia-lhe hiperativa, espalhafatosa e grosseira. A vulgar apropriação, em larga escala, da arte e da arquitetura européias, sem levar em conta período ou país, era espantosa. Vira em nossa descuidada mistura de enorme riqueza e enorme pobreza o caos de uma entrópica civilização europeia. Instalado em seu confortável estúdio de Viena, sentiu-se satisfeito por estar de volta. E disse a Ernest Jones: a América é um erro, um erro gigantesco.” – pág 48

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